19 agosto 2012

ENTREVISTA - ELDER PRATES

ENTREVISTA -ELDER PRATES





 Quero primeiramente agradecer ao Elder
 pelo carinho e atenção com a gente.



1) De onde surgiu o seu sonho de se tornar um escritor?


Há tempos que gosto de escrever, mas para publicar, a ideia começou a amadurecer quando conheci outro amigo que gostava de escrever – o Paulo, que publicou comigo os dois primeiros livros (Quase me Perdi) e (De A a Z – Palavras para o dia-a-dia). Nós conversávamos todos os dias sobre o mundo das palavras, mas sabíamos que a dificuldade para tornar sonho em realidade era enorme. Até que recebemos pelo site um anúncio, da editora pela qual publicamos, oferecendo-nos a publicação de livros por determinado preço. Só bastava isso, o dinheiro... Então percebemos que não era tão difícil assim e publicamos. O problema é fazer o livro – já publicado – girar, ser conhecido, vender. Mas isso talvez seja outro sonho, o primeiro já realizou-se.


2) Como é escrever um livro inteiro sem usar a letra A?
O Livro o sonho de ser escritor foi escrito sem o uso da letra A.

Primeiro, sem ser modesto, digo que me orgulho muito por isso. Foi um feito muuuuito difícil! No começo senti-me impotente, fiquei sem rumo por vezes no decorrer do texto e confesso que pensei em desistir por diversos momentos. Porém, debrucei-me sobre sinônimos e outros recursos que me servissem de instrumento, e o livro foi surgindo. Suei, fritei miolos e neurônios preciosos, e isso me foi excelente, pois o esmero despendido no compor desse texto fez-me crescer como escritor, mesmo que um crescimento pequeno, porém, crescimento... “O sonho de ser escritor” é um filho querido, um momento sublime nesse tempo em que venho escrevendo, e no meu íntimo eu sempre o terei como único, independentemente dos textos vindouros... É isso, podemos resumir tudo como um sonho concluído...

3) Além dos livros "De A a Z" e "O sonho de ser escritor" me fale mais um pouco dos seus outros livros?

É difícil falar dos próprios livros, pois o orgulho sempre quer ditar coisas além da realidade, mas tentarei ser o mais sincero possível, então vamos lá: Os primeiro e segundo livros eu escrevi com meu amigo Paulo Siqueira de Souza, sendo “Quase me Perdi” – que conta a história de um menino pobre da periferia, e no narrar procuramos mostrar os caminhos aos quais estamos sujeitos, como também o reflexo de nossas escolhas, por isso o título, afinal, você pode se perder devido às escolhas que fizer – e o “De A a Z – Palavras para o dia-a-dia” que é um livreto com mensagens positivas, bradares, porém, para cada letra do alfabeto nos propomos a fazer dez frases iniciando com a respectiva letra, por isso de A a Z. Já os meus solos são: “Desabafos”, que é composto por cartas fictícias que esboçam angústia, desejo, medo, dor, sonho, enfim, as paixões humanas, mas acho que ele não foi bem compreendido, pois os leitores reclamaram da linguagem chula utilizada, mas sinceramente quando o escrevi eu pensei que as pessoas xingassem com o sentimento, e não com o dicionário, por isso escolhi tal escrever, algo que chegasse mais próximo à realidade mas, gosto é gosto e, tanto respeito as opiniões que já o tirei de circulação por ter sido tão rejeitado. O quarto chama-se “Despir da alma”, e esse é composto por sonetos escritos num estilo que criei e nomeei de soneto prates, que foi bem recebido, principalmente pelas mulheres, inclusive, estou organizando outros sonetos para um novo livro nesse estilo. E o quinto e último até aqui, é “O sonho de ser escritor”, do qual já falei acima.


4) Como as pessoas vêem o seu trabalho como escritor?


As visões e opiniões são diversas, mas as pérolas geralmente vêm de longe. Muitos dos que estão ao redor, dos quais você espera os maiores aplausos, fornecem apenas um parabéns formal, aquele que você percebe que não vem da alma, mas da necessidade de mostrar-se presente. Já quando menos espera-se, de quem menos espera-se, vem um pulso, um impulso que nos faz acreditar e continuar. O carinho é facilmente percebido, como a hipocrisia, e os distinguimos quando lemos os olhos. E dos diversos olhos recebi de tudo, de leitores desconhecidos, de amigos, parentes, e é claro que muitos foram sim valiosos. Já ouvi que não sei escrever, já ouvi que não sei fazer poesia, já ouvi que sou magnífico, já ouvi que um texto meu tirou alguém de uma depressão. Os excessos – tanto bons quanto negativos – eu deixo de lado, e absorvo somente o belo, o construtivo, o sincero, os quais me fazem seguir mesmo que às vezes criticando-me, mas o falar por falar eu ignoro, porque quem não brilha, tende a ofuscar...

5)No livro "De A a Z" você cita palavras que tocam na alma. Você segue essas palavras?

No livreto as palavras são muitas e eu não posso dizer que as sigo 100%, seria falacioso, mas posso dizer que elas vêm da alma, e esboçam realmente as minhas vontades e se eu não as sigo, é porque ainda não consegui concretizá-las, é porque ainda não atingi tudo o que o meu íntimo diz ser o melhor.

6) Como está a sua agenda nesse momento?

Minha agenda está preenchida com o meu cursar em Filosofia, com meus estudos, com alguns escritos e muitos devaneios.

7) Onde as pessoas podem adquirir os seus livros?

Autografado, só “O sonho de ser escritor”, o qual é conseguido através de contato comigo mesmo pelo e-mail: elder.prates@yahoo.com.br
Já os outros são encontrados na Livraria Cultura (virtual) ou no site da Editora Livro Pronto.


Rapidinha:

Seu livro preferido: Todos! Acredito no poder dos livros, mas do “Noites brancas” de
Dostoiévski eu gostei bastante.
Uma música: The End, do The Doors.
Sonho: Muitos.
Comida: Sem quiabo.
Lazer: O que me faça sorrir.
Alguém: Que me faça sonhar e suspirar.
Deus: Creio.

Para finalizar a nossa entrevista deixe um recadinho para todos os nossos seguidores.

 As sendas são diversas e embora eu não saiba se é possível escolhermos todas pelas quais devemos percorrer, tenho certeza de que muitas vezes somos nós que tecemos o manto que nos envolve. É claro que há todo um enxame de informações e apologias que nos inclinam para determinadas opções, mas quando refletimos podemos de vez em quando acertar o passo. E é esse o recado que deixo, reflita sempre, procure ser o menos manipulado possível, pois, se errar, foi por escolha, e não por condução. E com isso o erro mais facilmente se tornará em aprendizado, porque quando erramos pelos palpites alheios nos sentimos piores, sentimos que tínhamos a chance de escolher, mas ao invés, preferimos acompanhar. Não acompanhe o melhor do outro pode ser o seu fim...






Obrigado Elder pela sua entrevista, 
adorei conhecer mais o seu trabalho
Sorte sempre!







4 comentários:

Unknown disse...

Mais uma vez, obrigado meninas! Pelo espaço e carinho que cederam-me aqui.
Beijo, e até mais...

o mendigo disse...

O livro: O sonho de ser escritor, mudou a opinião de algumas pessoas conhecidas minha. Então eu falei para o meu amigo Elder que o livro dele, além de ser bom, foi bastante útil.
Parabéns meu amigo!
Deus abençoe todos os seus dias.

Unknown disse...

Parabéns meninas... Gostei muito da entrevista com esse grande escritor e amigo!

Abraços!!!

Unknown disse...

Obrigado, Edson!
O seu "O mendigo" também é fantástico e extremamente reflexivo.
Graaaaande abraço, querido!