Quero primeiramente agradecer ao Elder
pelo carinho e atenção com a gente.
1) De onde surgiu o seu sonho de se tornar um escritor?
Há tempos que gosto de escrever,
mas para publicar, a ideia começou a amadurecer quando conheci outro amigo que
gostava de escrever – o Paulo, que publicou comigo os dois primeiros livros
(Quase me Perdi) e (De A a Z – Palavras para o dia-a-dia). Nós conversávamos
todos os dias sobre o mundo das palavras, mas sabíamos que a dificuldade para
tornar sonho em realidade era enorme. Até que recebemos pelo site um anúncio,
da editora pela qual publicamos, oferecendo-nos a publicação de livros por
determinado preço. Só bastava isso, o dinheiro... Então percebemos que não era
tão difícil assim e publicamos. O problema é fazer o livro – já publicado –
girar, ser conhecido, vender. Mas isso talvez seja outro sonho, o primeiro já
realizou-se.
2) Como é escrever um livro inteiro sem usar a
letra A?
O Livro o sonho de ser escritor foi escrito sem o uso da letra A.
Primeiro, sem
ser modesto, digo que me orgulho muito por isso. Foi um feito muuuuito difícil!
No começo senti-me impotente, fiquei sem rumo por vezes no decorrer do texto e
confesso que pensei em desistir por diversos momentos. Porém, debrucei-me sobre
sinônimos e outros recursos que me servissem de instrumento, e o livro foi
surgindo. Suei, fritei miolos e neurônios preciosos, e isso me foi excelente,
pois o esmero despendido no compor desse texto fez-me crescer como escritor,
mesmo que um crescimento pequeno, porém, crescimento... “O sonho de ser
escritor” é um filho querido, um momento sublime nesse tempo em que venho
escrevendo, e no meu íntimo eu sempre o terei como único, independentemente dos
textos vindouros... É isso, podemos resumir tudo como um sonho concluído...
3) Além dos livros "De A a Z" e "O
sonho de ser escritor" me fale mais um pouco dos seus outros
livros?
É difícil falar
dos próprios livros, pois o orgulho sempre quer ditar coisas além da realidade,
mas tentarei ser o mais sincero possível, então vamos lá: Os primeiro e segundo
livros eu escrevi com meu amigo Paulo Siqueira de Souza, sendo “Quase me Perdi”
– que conta a história de um menino pobre da periferia, e no narrar procuramos
mostrar os caminhos aos quais estamos sujeitos, como também o reflexo de nossas
escolhas, por isso o título, afinal, você pode se perder devido às escolhas que
fizer – e o “De A a Z – Palavras para o dia-a-dia” que é um livreto com mensagens
positivas, bradares, porém, para cada letra do alfabeto nos propomos a fazer
dez frases iniciando com a respectiva letra, por isso de A a Z. Já os meus
solos são: “Desabafos”, que é composto por cartas fictícias que esboçam
angústia, desejo, medo, dor, sonho, enfim, as paixões humanas, mas acho que ele
não foi bem compreendido, pois os leitores reclamaram da linguagem chula
utilizada, mas sinceramente quando o escrevi eu pensei que as pessoas xingassem
com o sentimento, e não com o dicionário, por isso escolhi tal escrever, algo
que chegasse mais próximo à realidade mas, gosto é gosto e, tanto respeito as
opiniões que já o tirei de circulação por ter sido tão rejeitado. O quarto
chama-se “Despir da alma”, e esse é composto por sonetos escritos num estilo
que criei e nomeei de soneto prates, que foi bem recebido, principalmente pelas
mulheres, inclusive, estou organizando outros sonetos para um novo livro nesse
estilo. E o quinto e último até aqui, é “O sonho de ser escritor”, do qual já
falei acima.
4) Como as pessoas vêem o seu trabalho como
escritor?
As visões e opiniões são
diversas, mas as pérolas geralmente vêm de longe. Muitos dos que estão ao
redor, dos quais você espera os maiores aplausos, fornecem apenas um parabéns
formal, aquele que você percebe que não vem da alma, mas da necessidade de
mostrar-se presente. Já quando menos espera-se, de quem menos espera-se, vem um
pulso, um impulso que nos faz acreditar e continuar. O carinho é facilmente
percebido, como a hipocrisia, e os distinguimos quando lemos os olhos. E dos
diversos olhos recebi de tudo, de leitores desconhecidos, de amigos, parentes,
e é claro que muitos foram sim valiosos. Já ouvi que não sei escrever, já ouvi
que não sei fazer poesia, já ouvi que sou magnífico, já ouvi que um texto meu
tirou alguém de uma depressão. Os excessos – tanto bons quanto negativos – eu
deixo de lado, e absorvo somente o belo, o construtivo, o sincero, os quais me
fazem seguir mesmo que às vezes criticando-me, mas o falar por falar eu ignoro,
porque quem não brilha, tende a ofuscar...
5)No livro "De A a Z" você cita
palavras que tocam na alma. Você segue essas palavras?
No livreto as palavras são muitas
e eu não posso dizer que as sigo 100%, seria falacioso, mas posso dizer que
elas vêm da alma, e esboçam realmente as minhas vontades e se eu não as sigo, é
porque ainda não consegui concretizá-las, é porque ainda não atingi tudo o que
o meu íntimo diz ser o melhor.
6) Como está a sua agenda nesse momento?
Minha agenda está preenchida com o
meu cursar em Filosofia, com meus estudos, com alguns escritos e muitos
devaneios.
7) Onde as pessoas podem adquirir os seus livros?
Autografado, só “O sonho de ser
escritor”, o qual é conseguido através de contato comigo mesmo pelo e-mail: elder.prates@yahoo.com.br
Já os outros são encontrados na
Livraria Cultura (virtual) ou no site da Editora Livro Pronto.
Rapidinha:
Seu livro preferido: Todos! Acredito no poder dos livros, mas do “Noites brancas” de Dostoiévski eu gostei bastante.
Uma música: The End, do The Doors.
Sonho: Muitos.
Comida: Sem quiabo.
Lazer: O que me faça sorrir.
Alguém: Que me faça sonhar e
suspirar.
Deus: Creio.
Para finalizar a nossa entrevista deixe um
recadinho para todos os nossos seguidores.
As sendas são
diversas e embora eu não saiba se é possível escolhermos todas pelas quais devemos
percorrer, tenho certeza de que muitas vezes somos nós que tecemos o manto que
nos envolve. É claro que há todo um enxame de informações e apologias que nos
inclinam para determinadas opções, mas quando refletimos podemos de vez em
quando acertar o passo. E é esse o recado que deixo, reflita sempre, procure ser o menos manipulado possível, pois, se
errar, foi por escolha, e não por condução. E com isso o erro mais facilmente se
tornará em aprendizado, porque quando erramos pelos palpites alheios nos
sentimos piores, sentimos que tínhamos a chance de escolher, mas ao invés,
preferimos acompanhar. Não acompanhe o melhor do outro pode ser o seu fim...
Obrigado Elder pela sua entrevista,
adorei conhecer mais o seu trabalho.
Sorte sempre!
4 comentários:
Mais uma vez, obrigado meninas! Pelo espaço e carinho que cederam-me aqui.
Beijo, e até mais...
O livro: O sonho de ser escritor, mudou a opinião de algumas pessoas conhecidas minha. Então eu falei para o meu amigo Elder que o livro dele, além de ser bom, foi bastante útil.
Parabéns meu amigo!
Deus abençoe todos os seus dias.
Parabéns meninas... Gostei muito da entrevista com esse grande escritor e amigo!
Abraços!!!
Obrigado, Edson!
O seu "O mendigo" também é fantástico e extremamente reflexivo.
Graaaaande abraço, querido!
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